Pesquisa personalizada

30 outubro 2007

Governo negocia a volta da Petrobras à Bolívia

Certa vez, Hebe Camargo perguntou a Nelson Rodrigues se mulher gosta de carinho. E ele: “Pelo contrário. A mulher gosta de apanhar.” Hebe horrorizou-se: “Todas?” E Nelson, voz cava: “Nem todas. Só as normais. As neuróticas reagem.” O auditório veio abaixo.

Pois bem, certos governos também gostam de apanhar. Veja-se o caso do atual. Quanto mais o índio Evo Morales desce-lhe a borduna, mais a gestão Lula gama. Com o lombo ainda em brasa, a administração companheira já prepara o anúncio da retomada dos investimentos da Petrobras em solo boliviano.

Está-se, não há dúvida, diante de um governo normal. Muito normal. Normalíssimo.

"O assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, confirmou ontem que o Brasil está negociando com o governo boliviano a retomada de investimentos da Petrobras para exploração de gás naquele país, apesar dos seguidos ataques do presidente Evo Morales contra a estatal brasileira. A intenção é que o pacote seja fechado nas próximas semanas, para ser publicamente anunciado durante viagem do presidente Lula a La Paz, ainda em novembro.
(...)
A data certa da viagem de Lula ainda não está marcada, pois depende de acertos que vêm sendo feitos pelos dois governos, entre os ministros das Minas e Energia e entre a Petrobras e as empresas do setor que atuam na Bolívia, como a Total (França), responsável pelo campo de Itaú, alvo brasileiro.
Na semana passada, o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, veio ao Brasil para reunião com o ministro das Minas e Energia, Nelson Hubner, e com o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli. Depois do feriado de 2 de novembro, próxima sexta-feira, está prevista a ida de Hubner e Gabrielli a La Paz, para continuar as discussões e tentar fechar já o acordo que vai pautar a ida de Lula.Sem surpresa: "Não há surpresa nisso. A volta da Petrobras à Bolívia é mais do que natural, depende apenas de condições reais de estabilidade para os investimentos no país. Não há e nunca houve razão idiossincrática para não investir mais lá", disse Garcia à Folha, confirmando informação publicada ontem no jornal "Valor Econômico".
A Petrobras mantém na Bolívia a exploração de gás nos campos de San Antonio e San Alberto, mas tinha refluído de fazer novos investimentos no país depois que Morales decretou a nacionalização das reservas de gás no país.

Ele denunciou contratos anteriores e retomou as refinarias brasileiras. No auge da crise, chegou a ocupar instalações da Petrobras com tropas do Exército. Além disso, preocupam o Brasil a instabilidade política e as ameaças de divisão do território boliviano em dois.
Durante todo o confronto, o Palácio do Planalto e o Itamaraty evitaram um tom agressivo e persistiram nas negociações com o governo Morales, sob o argumento de que a Bolívia é o país mais pobre da América do Sul, foi secularmente espoliado e tem direito de proteger o seu gás.
A retomada dos investimentos da Petrobras no país tem um caráter econômico e também político, porque o governo brasileiro analisa que, depois dos primeiros momentos de afirmação, Morales já está consciente de que o país precisa decisivamente de investimentos estrangeiros e da Petrobras, particularmente."


Fonte: Blog do Josias de Souza - Link ao lado.

Faça seu comentário sobre a posição do Brasil.

1 comentários:

Rafael Reis disse...

eai, beleza?

ta afim de montar uma parceria???

www.ps2advanced.blogspot.com

aguardo.
abraço!

 
© 2007 Template feito por Templates para Você